sábado, 23 de maio de 2015

Análise Informal: Mad Max Estrada da Fúria

Por que análise informal e não Resenha?
Acho que ainda não tenho um nível profundo de análise para construir uma resenha, portanto prefiro escrever o que eu achei de um filme. Essa pequena coluna tem a pretensão de sair todas as semanas para falar sobre um filme que eu gostei e saiu recentemente.
Nada melhor para começar essa pequena jornada flando sobre um dos melhores filmes que eu já vi esse ano: Mad Max Estrada da Fúria.
Para começar esse filme já reúne uma série de fatores que culminaram na estréia desta obra no dia 14 de abril no Brasil. Após 30 anos do lançamento do terceiro filme da franquia Mad Max o mesmo diretor retorna para contar mais um episódio na vida do guerreiro das estradas.
Mel Gibson na trilogia Mad Max

A ideia surgiu em 1999, mas devido aos ataques de 11 de setembro o filme foi engavetado pela Warner por conter muita violência, ato justificável devido a sensibilidade que os EUA viviam.
Quando o projeto foi retomado a maior chuva em muitos anos aconteceu no deserto que seria filmado o filme. Com a chuva o deserto virou um lindo jardim.
Mas George Miller é um senhor teimoso, após a chuva ele transferiu as filmagens para o deserto da Namíbia.
Mas chega disso, vamos falar sobre o filme.
What a Lovely Day

A história circula em volta da Cidadela, comandada pelo tirano Imortan Joe (Hugh Keays-Byrne), que quer se reproduzir com suas mulheres, guardadas em um cofre. Para realizar uma missão, Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), leva um carregamento de gasolina para uma cidade vizinha, mas ela se rebela, seqüestra as mulheres de Joe e muitas confusões acontecem.
Perceba uma coisa importante, o personagem que dá nome ao filme não motiva o conflito principal, Max (Tom Hardy) somente entra na missão por acaso. A sua relação com os personagens acontece somente depois de ser raptado por servos de Imortan Joe. O personagem Nux (Nicholas Hoult) apresenta uma profundidade e explica em poucas frases a sua motivação e veneração pelo líder.
A história foi muito criticada por ser simples, mas questões como religião, política e feminismo são abordadas, apresentando uma narrativa cheia de pontos para se discutir com os amigos. A partir disso que surge um ponto que eu adorei no filme, nada é muito didático, em momento algum um personagem narra o que acontece, isso é um mérito muito grande, fica da dica para Interestellar aí gente.
Todo o ambiente bizarro e maluco da trama é sensacional, uma das coisas mais awesome do filme é sua trilha sonora, que possui função narrativa brilhante de um pulso para a batalha. As guitarras e tambores são muito bem exploradas e só me fez vibrar no cinema.
Imperatriz Furiosa sendo a principal personagem do filme 

As referencias aos filmes passados são muito boas, o filme pode ser visto pelas pessoas que não assistiram a trilogia dos anos 80, mas quem viu vai notar pequenos aspectos brilhantes e que fazem você abrir um sorriso.
Mas o mais forte aspecto, junto com o visual, é a velocidade de direção que o senhorzinho George Miller possui, mesmo aos 70 anos ele conseguiu me fazer ficar pulando na poltrona do cinema, pisando fundo em pedais de carro fictícios que a minha mente criou devido a emoção que eu senti ao ver o filme.
Você sente a porrada e as batidas a todo momento, isso é algo impressionante e prova que fazer um filma na raça ainda vale a pena.  George Miller conseguiu quebrar 11 câmeras por colocá-las em lugar absurdos.

Enfim, uma obra tão boa que eu achei que ate o 3D vale a pena, arrisco a dizer qe será um clássico moderno, por enquanto eu somente quero ver esse filme mais uma vez no cinema e dizer que é uma obra nota 10/10.
Abaixo o trailer, que se você achou bom o filme é tudo isso e muito mais.