sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Oscar 2016 Apostas

Oscar
Finalmente consegui assitir os filmes mais importantes do Oscar e aqui vão meus palpites e as minhas escolhas de coração para as principais categorias do Oscar
Um ano repleto de polêmicas sobre representatividade no Oscar. Ano passado tivemos discursos muito importantes, como do cantor John Legend, dos roteiristas de "O Jogo da Imitação" e de Patricia Arquette. 
Esse Ano Chris Rock apresenta e espero muito que ele tenha coragem para fazer um monólogo agressivo sobre o #OscarSoWhite

Melhor filme
"A grande aposta"
"Ponte dos espiões"
"Brooklyn"
"Mad Max: Estrada da fúria"
"Perdido em Marte"
"O regresso"
"O quarto de Jack"
"Spotlight: Segredos revelados"
Quem Leva: O Regresso, filme com cara de Oscar
Quem deveria levar: Mad Max, o filme que ficará marcado na história como uma das maiores obras de ação do séc XXI

Melhor diretor
Alejandro G. Iñárritu ("O regresso")
Tom McCarthy ("Spotlight: Segredos revelados")
George Miller ("Mad Max: Estrada da fúria")
Adam McKay ("A grande aposta")
Lenny Abrahamson ("O quarto de Jack")
Quem Leva: Alejandro G. Iñarritu, fez um filme difícil, com problemas na produção, mas o resultado final não é algo superior a Mad Max
Quem deveria levar: George Miller, colocar 2 horas de ação ininterrupta, com vários efeitos práticos em um deserto não é para qualquer um, além do fato de Iñarritu ter levado ano passado.
Todos os atores e atrizes indicados ao Oscar 2016
Melhor ator
Bryan Cranston ("Trumbo")
Matt Damon ("Perdido em Marte")
Leonardo DiCaprio ("O regresso")
Michael Fassbender ("Steve Jobs")
Eddie Redmayne ("A garota dinamarquesa")
Quem Leva: Leonardo DiCaprio, agora vai
Quem deveria levar: Leo DiCaprio finalmente chega sozinho na corrida ao Oscar, mesmo que ele tenha atuações melhores em anos anteriores não tira o mérito, o Oscar é anual e nesse ano ele foi melhor que seus concorrentes. Scorcese ganhou por "Os Infiltrados", isso tira o mérito dele? De maneira nenhuma

Melhor atriz
Cate Blanchett ("Carol")
Brie Larson ("O quarto de Jack")
Jennifer Lawrence (“Joy”)
Charlotte Rampling (“45 anos”)
Saoirse Ronan ("Brooklyn")
Quem Leva: Brie Larson
Quem deveria levar: Brie Larson, ela está impecável no filme, uma atuação que ficará marcada na história.

Melhor animação
"Anomalisa"
"O menino e o mundo"
"Divertida mente"
"Shaun, o carneiro"
"As memórias de Marnie"
Quem Leva: Divertida Mente, é o único desses indicado à Roteiro, logo é óbvio, além do lobby da Pixar ser gigantesco
Quem deveria levar: Anomalisa, uma animação diferente de tudo, que é humana ao extremo, em momentos eu parava para pensar que o filme era apenas feito em stop-motion, não com atores reais.


Melhor roteiro adaptado
"A grande aposta"
"Brooklyn"
"Carol"
"Perdido em Marte"
"O quarto de Jack"
Quem Leva: A Grande Aposta, transpor na tela esse roteiro deve ter sido muito difícil
Quem deveria levar: Perdido em Marte, eu li um grande pedaço do livro e pensei “esse livro é impossível virar um filme bom, as pessoas vão dormir no cinema”, mas o resultado é um dos filmes mais divertidos de 2015.

Melhor roteiro original
"Ponte dos espiões"
"Ex Machina"
"Divertida mente"
"Spotlight: Segredos revelados"
"Straight Outta Compton"
Quem Leva: Spotlight, um tema pesado que deve ser debatido a todo momento
Quem deveria levar: Straight Outta Compton ou Spotlight, ambos são filmes que o mundo precisa nos dias de hoje, um sobre representatividade negra e outro sobre pedofilia, se qualquer um dos dois ganhar eu fico feliz.

Melhor atriz coadjuvante
Jennifer Jason Leigh ("Os 8 odiados")
Rooney Mara ("Carol")
Rachel McAdams ("Spotlight: Segredos revelados")
Alicia Vikander ("A garota dinamarquesa")
Kate Winslet ("Steve Jobs")
Quem Leva: Alicia Vikander, levou todos os prêmios importantes até agora e conduz “A Garota Dinamarquesa”
Quem deveria levar: Jennifer Jason Leigh, está maluca completa em “Os 8 Odiados”

Melhor ator coadjuvante
Christian Bale ("A grande aposta")
Tom Hardy ("O regresso")
Mark Ruffalo ("Spotlight: Segredos revelados")
Mark Rylance ("Ponte dos espiões")
Sylvester Stallone ("Creed")
Quem Leva: Sylvester Stallone
Quem deveria levar: Sylvester Stallone, ele construiu um personagem que sem dúvida marcou a história do cinema e agora mostrou o drama de que até mesmo seus heróis envelhecem.
Se você não concorda comente aqui embaixo seus favoritos :)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Análise Informal: Brooklyn

Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais sobre alguns dos 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad Max
E sobre Spotlight
A Grande Aposta
O Regresso
O Quarto de Jack
Eu poderia fazer um texto sobre "Perdido em Marte" ou "Ponte dos Espiões", mas farei sobre Brooklyn, só porque sim, é um filme fofo e excelente para ver com o crush.
O novo filme do diretor John Crowley se destaca por não ter o nome do diretor como o principal na produção, mas sim de seu escritor, Nick Hornby, um dos grandes romancistas contemporâneos, com livros muito divertidos como "Um Grande Garoto", "Febre de Bola" e "Alta Fidelidade". Os três foram adaptados para o cinema e são bons filmes, ou seja, Hornby funciona nas duas mídias.
O filme conta a história de Eilis (Saoirse Ronan) uma imigrante irlandesa que vai tentar a vida em Nova York e mora no distrito do Brooklyn, lá ela sente a saudade do lar, mas tenta viver uma nova vida e se estabelecer. A saudade de casa é um tema que todos alguma hora vamos passar, portanto o filme conversa ou conversará com você em algum pequeno momento da vida.
O nome do escritor está no pôster, mas o do diretor não (Foto: Divulgação)

A razão de escrever sobre esse filme não é que ele seja melhor que os outros dois indicados à Melhor Filme, mas sim porque ele é diferente. Ser diferente é bom, acima de qualquer coisa ele se difere de todos os outros e talvez nem seja merecedor de uma vaga, vide "Creed", "O 8 Odiados" e "Carol". 
É um filme bonito, colorido, com boas atuações, um roteiro bonitinho, mas só. Eu esperava um roteiro cheio de abas igual "Alta Fidelidade" ou com um final divertidíssimo como "Um Grande Garoto", mas aqui não é isso que você vai encontrar.
Eilis está DIVIDIDA (Foto: Divulgação)

Saoirse Ronan manda muito bem, chora de maneira linda, mas é difícil de ganhar o Oscar. O personagem Tony (Emory Cohen) é um doce, você torce pela relação dela com ele, mas Jim (Domhall Gleeson, o ruivo da moda) também é um nice guy, você realmente não sabe como ela vai decidir.
A grande questão deste filme é o amadurecimento, Eilis cresce e vê que sua cidade na Irlanda é pequena demais para seus sonhos e quando repara seu desenvolvimento ela ensina novas meninas a se emanciparem. Essa mensagem é muito bonita e importante, mas não consegue ser tão inovadora ou bem desenvolvida. 
Brooklyn é um bom filme, mas por ser simples demais pode decepcionar pessoas como eu. O importante é ir ver sem nenhuma expectativa, você verá um filme doce e que como eu falei lá em cima é bom para ver com alguém.
É um filme bom, mas não é daqueles que vão ficar marcados na história, está no Oscar para cumprir tabela.
Assista o trailer abaixo:

Análise Informal - O Quarto de Jack

Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais sobre alguns dos 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad Max
E sobre Spotlight
A Grande Aposta
O Regresso
O Quarto de Jack
O último filme que eu falarei antes das apostas é O Quarto de Jack (Room), dirigido por Lenny Abrahamson- que fez o indie "Frank"- o filme conta o drama do cárcere privado vivido por Ma (Brie Larson) e seu filho Jack (Jacob Trembley) e suas descobertas da vida fora do quarto, como isso está no trailer não é spoiler.
O filme se inicia no 5º aniversário de Jack, e no sétimo ano em que Ma está presa pelo Velho Nick (Sean Bridgers). O filme aí já se mostra pesadíssimo e lida com um tema difícil, que volta e meia choca o mundo com casos parecidos.
(Foto: Divulgação)

O filme é muito bom em retratar o horror e a claustrofobia de se viver em um quarto para sempre, além de uma imaginação de algo que está à espera lá fora. Vi comentários que comparam essa ideia com “A Vida é Bela” (1997), na qual tenta-se separa a criança do horror que a cerca.
A primeira parte do filme, que foca apenas no quarto é terrível, fazia tempo que eu não chorava em um filme, com um misto de revolta e choque por saber que casos assim acontecem na vida real.
A sensação é agravada quando as interações entre os dois e o sequestrados se intensifica, o instinto maternal age de maneira brilhantemente retratado, a proteção que Ma exerce sobre Jack é incrível. Isso se deve ao excelente trabalho de Brie Larson no papel, sério esse Oscar já ta ganho e é dela como uma das maiores atuações dos últimos anos.
Quem também é brilhante na atuação é Jacob Trembley, sério, esse menino merecia uma indicação ao Oscar, ele traz um drama que eu nunca havia visto uma criança trazer, além de ser um fofo que tem um futuro gigante pela frente.
Lenny Abramson com Brie Larson e Jacob Trembley (Foto: Divulgação)

O filme cai um pouco quando sai do quarto, mas como eu estava exaurido com tanto sofrimento e lágrimas eu agradeci, mas por pouco tempo, o filme subverte a ideia de felicidade a todo tempo e a descoberta de uma vida nova é assustadora. Os jornalistas são retratados com seres desprezíveis no filme.
As cores exalam tristeza, o filme exala depressão, mas o final me deixou bem, apesar de me fazer chorar pela estória em si o filme é excelente no que se propõe, com um tema tão forte e importante quanto “Spotlight”, O Quarto de Jack é brilhante, emociona e joga para debate a podridão do ser humano.

Vá assistir esse filme em uma hora boa, porque se não ele vai estragar o resto do seu dia. Provavelmente nunca mais verei esse filme, não quero me sentir preso dessa maneira em um bom tempo, mas é um excelente filme, com excelentes questionamentos e interpretações que justifica o seu lugar entre os indicados à Melhor Filme no Oscar.
Assista o trailer abaixo: 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Anális Informal: O Regresso

Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais sobre os 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad Max AQUI
E sobre Spotlight AQUI
A Grande Aposta AQUI
O Regresso (The Revenant), novo filme do diretor e atual vencedor do Oscar Alejandro G. Iñárritu, após Birdman ele chega com uma história baseada em fatos reais,que já foi adaptada anteriormente para outras mídias.
(Foto: Divulgação)

O filme conta a luta do caçador de Hugh Glass(Leonardo DiCaprio) para sobreviver após ser atacado por um urso e deixado para morrer por John Fritzgerald (Tom Hardy). A história é basicamente a vingança de Glass.
O diretor de fotografia Emanuel Lubezki, que trabalho com Iñárritu em Birdman e ganhou o Oscar também apresenta o que o filme tem de melhor, suas paisagens lindas, filmadas no norte do Canadá, com luz natural em todos os momentos e com tons de sangue na neve muito bonitos. A violência nesse filme é muito bem filmada, logo no início uma invasão indígena ao grupo de Glass gravada em Plano Sequência, muito bem coreografada, com bons efeitos especiais. A câmera se torna em alguns momentos parte da ação, trazendo tensão ao personagem de DiCaprio.
Iñárritu e DiCaprio no ambiente gelado (Foto: Twentieth Century Fox)

Já que tocamos no assunto, DiCaprio, dessa vez o Oscar vem, não muito por essa atuação, acho que ele esteve melhor em “O Lobo de Wall Street” e “O Aviador”, mas desta vez nenhum concorrente virou Ray Charles ou estava tão inspirado quanto Matthew McConaughey. A atuação basicamente de suspiros, caretas e baba, muita baba, é a que mais se destacou das que eu vi nesse ano. Tom Hardy também está muito bem, com aquela dicção maravilhosa de sempre, mas desta vez como um personagem que você realmente fica com raiva.
Assista abaixo um excelente making off sobre o filme (somente em inglês)

O tão falado ataque do urso é um dos pontos altos do filme, a cena é realmente violenta e eu me pergunto até hoje como ela foi filmada, o CGI do urso é realmente assustador, parece que DiCaprio queria tanto um Oscar que deixou um urso de verdade o atacar. Sobre o filme em si, as cenas de ação, como uma em que Glass foge em um cavalo e cai de um penhasco, isso deve ter dado um trabalho monstruoso para ser realizado.
Na internet eu vi algumas críticas negativas ao filme, pela pretensão do diretor ao realizar a obra, eu concordo com essa afirmação muito mais em Birdman do que em O Regresso. O filme tem defeitos, o filme se arrasta por muitos momentos, fica muito repetitivo e parece muito mais longo do que realmente é; o espiritualismo ali contido é muito raso, que se fosse tirado não faria diferença alguma.
De maneira geral esse filme é uma obra de arte, eu gostei muito, por isso talvez fiquei um pouco cego aos problemas. Gostei muito, vale muito a pena ver no cinema, em IMAX se for possível, Lubezki sempre deve ser visto no cinema. Esse junto com Mad Max e Spotlight são os favoritos ao Oscar.

Assista ao trailer abaixo:


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Análise informal. A Grande Aposta

Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais sobre os 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad MaxAQUI
E sobre SpotlightAQUI
A Grande Aposta (The Big Short) filme do diretor norte americano Adam Mckay, conhecido pelas comédias O Âncora e Quase Irmãos, gosto muito da primeira. Desta vez ele se arrisca a fazer algo muito destoante de todos os seus filmes.
O filme conta a história de uma descoberta sobre a possível quebra do sistema financeiro americano, baseado nos títulos de hipotecas que se em algum ponto acumulassem uma taxa poderiam ruir os bancos que faziam empréstimos para estas hipotecas. Esta foi a minha tentativa de fazer um resumo do filme e isto é algo que permeia o filme, a dificuldade das pessoas que entendem pouco de economia em captarem todos os dados do filme.
(Foto: Divulgação)

Este sistema de hipotecas criou uma bolha, esta bolha foi descoberta pelo economista Michael Burry (Christian Bale), que apresenta uma das mais brilhantes faces da Síndrome de Asperger. Após analisar os números Burry vai à um banco e compra seguros para caso a bolha exploda ele ganhe com isso, os bancários riem dele, pois na época ele estava apostando contra o sistema econômico americano, daí o nome do filme.
Outras pessoas sabem dessa jogada e tentam descobrir se essa aposta é fundada, Jarred Venett (Ryan Gosling), Mark Baum (Steve Carell) e também a dupla Jamie Shipley (Finn Wittrock) e Charlie Geller (John Maggaro) que se aliam a Bem Rickert (Brad Pitt). Esses núcleos tentam descobrir se a bolha é real e como podem faturar com ela caso ela estoure.
O filme poderia se manter apenas no papo econômico chato, mas o diretor Adam Mckay faz pequenas inserções muito bem feitas, como Margot Robbie em uma banheira explicando os termos ditos em tela, além de referências da cultura pop para simular a passagem de tempo e a quebra da 4° parede de maneira muito divertida. O grande problema é que no cinema não se pode dar pause e em vários momentos eu me via perdido em meio a tantos termos de econômicos, mas existe uma vertente que esse filme se sai muito bem: os dramas humanos em meio a um rombo que pode mudar a vida de milhões de pessoas. Não é uma indicação à toa ao diretor
Adam Mckay e Steve Carell (Foto:Divulgação)

Steve Carell e Christian Bale, indicado ao Oscar, trazem as melhores atuações do filme, o primeiro sofrendo um quadro de depressão e outro isolado de tudo e todos. O filme é baseado em fatos reais, logo todos já sabem que o sistema ruiu e que aquelas pessoas sofreram muito, o filme não faz julgamentos pessoais aos que lucraram com a crise, mas sim com as grandes corporações, que mesmo com muitos atos que prejudicariam a população saíram ilesas e ainda receberam auxílio do governo. O roteiro, indicado ao Oscar tem a árdua missão de tentar colocar essa história de maneira acessível, em muitos momentos não consegue, mas aplica um bom drama. Spotlight por exemplo, traz um roteiro complexo, mas que todos que assistem entendem o que está acontecendo em tela.
A última fala de Brad Pitt no filme, e a última dita por Carell é um soco no estômago de todos.

Por fim é um filme difícil de se ver, com muitos termos técnicos, mas os dramas pessoais são universais e podem ser entendidos por todos. 
Assista o trailer abaixo:

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

2015 No Cinema

Eu sempre espero um pouco antes de falar minha lista de melhores filmes do ano anterior, por isso logo no começo de Fevereiro eu lanço aqui a minha visão sobre o ano que se passou.
Primeiro com as decepções, os filmes baseados em histórias em quadrinhos decepcionaram, primeiro com "Vingadores 2: A Era de Ultron" que é um filme do qual eu gosto, mas que tem problemas, principalmente na montagem e edição, que fazem o filme ficar deslocado em vários momentos, além de um vilão fraco que em nenhum momento me deu receio de que poderia fazer um estrago. "Homem Formiga" foi um filme legal, mas só, não trouxe nada de novo e as suas cenas de ação foram bem previsíveis, Michael Peña e Paul Rudd são as melhores coisas do filme, disparado.
Os filmes do Oscar não decepcionaram, com talvez um dos anos mais concorridos, no qual pelo menos 4 filmes poderiam vencer a categoria de Melhor Filme. Desses quatro dois foram lançados no Brasil em 2015, "Birdman" e "Whiplash", pessoalmente gostei muito mais de Whiplash e seu final arrasador do que Birdman e sua tentativa de fazer um plano sequência, que no fim não acrescenta nada, é só um detalhe legal.
Os Blockbusters, estiveram em boa forma, com "Jurassic World", um filme legal, mas só; "Divertida Mente", brilhante; "007 Contra Spectre" uma decepção completa, com uma música estranha e que não casa de maneira alguma; "Mad Max", extraordinário; o péssimo "Exterminador do Futuro-Gênesis"; "Missão Impossível - Nação Secreta" um bom filme de ação; "O Agente da U.N.C.L.E." o filme de espionagem que eu mais gostei, entenda como quiser; o horrendo novo "Quarteto Fantástico" e "Perdido em Marte", um filme muito bom, que me surpreendeu pelo bom humor.
Entre as surpresas temos o filme de Joel Edgerton "O Presente", um bom suspense que vale muito dar uma olhada; "Que Horas Ela Volta?" excelente filme brasileiro, na minha lista dos melhores do ano; "Beasts Of No Nation" o primeiro filme do Netflix, muito bom, mas violentíssimo, um soco no estômago;"Straight Outta Compton - A História do N.W.A." que é mais um daqueles filmes de biografia de rappers, dos quais eu gosto muito; "Ponte dos Espiões" bom filme de Spielberg, mas previsível no fim; "Expresso do Amanhã" que finalmente foi lançado no Brasil, adaptado de quadrinhos, com bom elenco e roteiro muito surpreendente.
Tivemos o fim decepcionante de uma saga, "Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2" é bem fraco, infelizmente. 
Mas o retorno de uma franquia deixou o ano com um sorriso em todos os rostos, "Star Wars Episódio VII- O Despertar da Força" foi um grande filme, que deixou satisfeitos os fãs, o que não é fácil, e os não fãs da saga que foram aos cinemas e acharam um filme muito divertido.
Por fim minha lista dos Melhores do Ano:
1.MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA: eu TESTEMUNHEI esse filme no cinema e esse já é o filme de ação da "década de 2010";
2.Whiplash - Em Busca da Perfeição: brilhante, com um final fantástico e com apoteoses musicais fantásticas;
3. Divertida Mente: o retorno da Pixar com grande estilo;
4. Star Wars Episódio VII - O Despertar da Força: sim, é uma volta linda da maior franquia do cinema e eu como fã me senti abraçado, tomei um soco na cara, mas ainda assim voltei ao cinema;
5. Que Horas Ela Volta: foi muto bom ver um filme brasileiro mobilizando a internet e virando um sucesso;
6. Beasts Of No Nation: Netflix chegou com os pés no peito, com Idris Elba fantástico e uma das cenas mais violentas que eu vi na minha vida.
7. Perdido em Marte: Um dos melhores filmes de Ridley Scott e disparado o melhor dele na última década
8. Birdman: bom filme, mas que não merecia o Oscar.
9. Straight Outta Compton-A História do N.W.A.: Um filme muito bom, de um estilo que eu gosto muito, filmes de cultura do rap, com uma história poderosa.
10: Vingadores 2: Apesar das críticas eu ainda gostei bastante da continuação. 




Análise Informal: Spotlight:Segredos Revelados

Por que análise informal e não Resenha?

Acho que ainda não tenho um nível profundo de análise para construir uma resenha complexa, portanto prefiro escrever somente o que eu achei de um filme.
Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais sobre os 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
O primeiro filme que eu falei foi Mad Max: Estrada da Fúria, lá na época do lançamento, clique  AQUI
O segundo filme que irei falar é: "Spotlight - Segredos Revelados".
O filme conta a história de como a equipe Spotlight do jornal Boston Globe desvendou uma série de casos de pedofilia cometidos por padres na região e acobertados pelas autoridades religiosas. Este é o primeiro ponto que eu gostaria de tocar, o filme é literal em dizer que o problema não é a religião e sim o sistema que ela está inserida, uma das frases que eu mais escutei e independe do credo de cada um é: “Deus é perfeito, mas a religião é feita de homem, que por sua vez são cheios de falhas”.
Este é um dos maiores méritos do filme, que precisa muito do brilhantismo da direção de Tom McCarthy, que em momento algum coloca em tela objetos sacrais que podem levar a interpretação de mal gosto de alguém procurando por polêmicas bobas. Nem por isso o filme escapa de polêmicas, é asqueroso que alguém defenda coisas mostradas nesse filme.
(Foto: Divulgação)

Mas voltando para o filme em si, os atores estão excelentes, com destaque para Mark Ruffalo, que interpreta o jornalista Mike Rezendes, ele é o mais revoltado de todos na equipe e é uma voz do público sobre os acontecimentos. Um exemplo de coragem jornalística, com frases que só fazem a situação ficar mais difícil do que já é.
Destaque também para a intérprete da jornalista Sacha Pfeiffer, Rachel McAdms, que é conhecida por comédias românticas, mas que em 2015 estrelou “True Detective” e fez uma grande atuação em “Spotlight”,rendendo a ela a primeira indicação ao Oscar da carreira.
Outros atores também estão muito bem, como Michael Keaton, vivendo Walter ‘Robby’ Robinson, um dos representantes do jornal, e também John Slaterry, que faz Ben Bredlee Jr., uma visão de chefe da redação que tenta dimensionar o tamanho do impacto de tal reportagem.
O filme levou merecidamente o SAG de melhor elenco (Foto: Divulgação)

Além dos atores, o roteiro de investigação jornalística mostra um exemplo de como buscar dados, entrevistar vítimas e acusados, de maneira quase utópica, mas que dá esperança por ser uma história baseada em fatos reais.
Retorno mais uma vez para a direção de Tom McCarthy, que apresenta outro elemento que particularmente achei muito importante e com tons de brilhantismo.
Todas as pequenas descobertas, todas as pequenas denúncias que foram ignoradas no passado, qualquer nova pista que possa levar até algo maior é tratada de maneira fantástica, você realmente se importa e fica nervoso em alguns momentos por ver que as pessoas não se interessavam por algo tão importante e que muitos casos poderiam ter sido evitados.
Tom McCarthy foi indicado ao Oscar pelo excelente trabalho (Foto:OPEN ROAD FILMS)

Cenas de extrema leveza são cortadas pelo contexto que o filme apresenta, nunca imaginei que poderia sentir um embrulho no estômago ao ver um doce coral de natal.
Como obra cinematográfica “Spotlight” apresenta um roteiro difícil, não é um filme para passar o tempo, ao mesmo tempo em que faz pensar e que faz refletir sobre como isso deve acontecer em muitos lugares diferentes.Ao fim do filme uma lista de cidades aparece como local no qual aconteceram casos semelhantes e o Brasil aparece entre esses locais. Um filmaço que deve ser visto por todos que gostam de jornalismo e também aos que acreditam que a verdade pode prevalecer. 

Confira abaixo o trailer legendado: