quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Análise Informal: Até o Último Homem

Seguindo a série de análises informais de alguns dos indicados à melhor filme no Oscar 2017 falo hoje sobre o novo filme de Mel Gibson, "Até o Último Homem".
O filme é baseado na história real de Desmond Doss (Andrew Garfield), o primeiro Opositor Consciente a receber a maior medalha de honra do exército americano. Desmond era cristão e seguia os princípios do Adventismo, por isso decidiu ir à 2° Guerra sem pegar em armas, apenas como médico.

Essa obra retrata o que é a imagem de Mel Gibson, um homem muito religioso, mas que traz uma violência absurda.Aliás ninguém faz violência no cinema melhor que o naturalizado australiano. Após quase 10 anos de afastamento da direção Hollywood teve que reabastecer seus estoques de sangue e presenciar os absurdos que Gibson falava e fazia.

Mel Gibson, talentoso e babaca ao extremo

Se separarmos obra de artista posso afirmar com certeza que gosto do trabalho de Mel Gibson, acho que até mais como diretor que como ator. Ele retrata com uma crueza firme o horror da guerra, acho que nunca vi um campo de batalha mais assustador que este. As cenas de batalha são realmente impressionantes, você se sente dentro da ação e vê corpos mutilados por todo lado.
Em alguns momentos o filme se torna um pouco brega, ele não toma partido se pegar em armas ou não é o ideal na guerra, mas é clara a visão de que os japoneses são os vilões. A trilha sonora pesa em vários momentos e dá um tom melodramático desnecessário em algumas cenas que se fossem diminuídas seria perfeito. Mas a película possui muitos méritos, a atuação de Garfield é excelente, ele consegue dar um tom de ingenuidade ao personagem que te coloca próximo às escolhas dele, você respeita e entende as motivações de Desmond apesar de tudo que ele passa.
Até a atuação cômica de Vince Vaughn como o Sargento Howell funciona, no segundo ato o filme se torna muito parecido com "Nascido Para Matar" e tudo ali engrandece a força que o filme traz momentos depois.
Na minha opinião este é o melhor filme de guerra desde "O Resgate do Soldado Ryan". Passa fácil por "Guerra ao Terror" e "Sniper Americano" que não me engajaram em nada. Filmaço que merece ser visto e apreciado como uma excelente obra, sem levar em conta a babaquice de seu diretor, mas sim seu talento absurdo.


Assista o trailer legendado abaixo:





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