quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Análise Informal: La La Land

O queridinho das premiações desponta como amplo favorito no Oscar deste ano, mas será que é tão bom assim? Igualando as 14 indicações de "Titanic" e "A Malvada", "La La Land" chega com uma expectativa muito alta, isso porque a crítica amou e as premiações estão focadas neste filme.
Confesso que de primeiro momento achei as reações exaltadas demais. Vários lugares dando a nota máxima, mas esse excesso de positividade não abalou a minha experiência. Cheguei no cinema e logo na primeira cena o meu preconceito inicial por musicais acabou. Por algum motivo a música "Another Day of Sun" com pessoas parando o que fazem para cantar no meio da rua não me cansou como em outros filmes. A simulação de um plano sequência que o diretor Damian Chazelle fez já me encantou os olhos e até o final da sessão eu não parei de ficar mais empolgado a cada minuto do que passava na tela.
A primeira música do filme, indicada ao Oscar:


Com o avançar da trama, Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling), se conhecem e vivem uma paixão intensa de dois sonhadores. Ela trabalha como garçonete em um Café nos estúdios Warner e quer ser uma atriz famosa de Hollywood. Ele é um pianista muito talentoso que quer "somente" criar seu clube salvar o jazz, mas enquanto isso não acontece ele toca "jingle bells" em restaurantes e "Take On Me" em pool parties.
Conforme o filme passa as cenas de música vão se dissipando e ficando mais raras, as músicas aparecem em peças e apresentações e aquele primeiro número se mostra mais distante a cada minuto de tela com números mais contidos, "City of Stars" é a prova disso.



O diretor Damien Chazelle (que homem) entrega mais um filme extraordinário que fala sobre obsessão em seguir seus sonhos. Ele já nos presenteou com "Whiplash", disparado um dos meus filmes preferidos de 2014 e contou em entrevista que fez esse primeiro apenas para provar que era capaz de fazer "La La Land".
Em nenhum momento a obra se torna maçante, porque apesar do roteiro simples o clima em torno do casal é fantástico.
Damian Chazelle ao lado de Ryan Gosling que aprendeu a tocar piano para atuar no filme 

O filme traz uma visão muito clara do que são os sonhos, apesar de renúncias que temos que fazer para conquistá-los ainda sim é uma obra muito otimista sobre os objetivos de uma vida. Um filmaço que me fez sair feliz do cinema, sapateando no meio da rua. Assista este que é o meu favorito dos indicados ao Oscar de Melhor Filme. Adorei cada minuto dessa homenagem ao cinema.



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