Por que análise informal e
não Resenha?
Acho que ainda não tenho um
nível profundo de análise para construir uma resenha complexa, portanto prefiro
escrever somente o que eu achei de um filme. Essa pequena coluna tem a
pretensão de sair todas as semanas, tentarei sempre as sextas falar sobre um
filme que assisti recentemente e gostei.
Como essa é a introdução
padrão vamos ao que interessa, o filmes dessa vez é Entre Abelhas , protagonizado por Fábio Porchat e dirigido por Ian
SBF, ambos criadores do Porta dos Fundos.
Esse pôster vende muito mal o filme |
Sei que a primeira vista um
filme do Porchat não parece ser grande coisa, não é para menos, alguns erros
como O Concurso e Meu Passado me Condena são mais do que motivo para afastar
muitas gente do cinema. Mas também são motivo para trair muito mais pessoas
ansiosas por piadas infames.
Esse filme não é nada disso,
é bom pois não tem um humor imbecil, mas é ruim por não possuir um público
grande.
Porchat deixa de lado sua gritaria e comédia escrachada para investir em algo mais sério |
O filme conta a história de
Bruno (Porchat) que acabou de se separar de Regina (Giovana Lancelotti) e para
esquecer deste momento seu amigo Davi (Marcos Veras) tenta o atrair a todo
instante para festas e mulheres. Até aí o filme é uma comédia besta normal, mas
com o passar do tempo Bruno para de enxergar as pessoas. A mãe de Bruno(Irene Ravache) é uma personagem que acredita muito no filho, mas pensa que ele está ficando louco e promove alguma teorias bem engraçadas sobre a origem do problema e como solucioná-lo.
Por mais que o filme possua
cenas engraçadas, com o ator Luis Lobianco principalmente, o enfoque não é na graça, mas sim em dramas pessoais, fato
este que espanta algumas pessoas, que por verem a cara gigante de Porchat no
pôster pensam que vão se contorcer de tanto rir.
Sem a comédia pastelão na
maioria dos momentos o filme segue em frente e começa a aprofundar temas como a
depressão de maneira brilhante. Apesar de forçar o palavrão em muitos momentos,
como todo filme nacional este drama coloca a solidão como uma doença de maneira
que eu nunca vi igual em um filme brasileiro.
A abordagem que se busca na
história é diferente e essa é a palavra que traz a maior virtude para um filme
nacional “diferente”. Após uma curta sessão de cinema eu saí feliz com o que
vi, não por causa do clima do filme, mas sim por presenciar uma obra que se
distancia do enlatado Globo Filmes e possui uma carga de alegria a quem quer
que o cinema nacional comece a produzir mais coisas boas.
Veja o trailer abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário