O filme é baseado na história real de Desmond Doss (Andrew Garfield), o primeiro Opositor Consciente a receber a maior medalha de honra do exército americano. Desmond era cristão e seguia os princípios do Adventismo, por isso decidiu ir à 2° Guerra sem pegar em armas, apenas como médico.
Essa obra retrata o que é a imagem de Mel Gibson, um homem muito religioso, mas que traz uma violência absurda.Aliás ninguém faz violência no cinema melhor que o naturalizado australiano. Após quase 10 anos de afastamento da direção Hollywood teve que reabastecer seus estoques de sangue e presenciar os absurdos que Gibson falava e fazia.
Mel Gibson, talentoso e babaca ao extremo |
Se separarmos obra de artista posso afirmar com certeza que gosto do trabalho de Mel Gibson, acho que até mais como diretor que como ator. Ele retrata com uma crueza firme o horror da guerra, acho que nunca vi um campo de batalha mais assustador que este. As cenas de batalha são realmente impressionantes, você se sente dentro da ação e vê corpos mutilados por todo lado.
Em alguns momentos o filme se torna um pouco brega, ele não toma partido se pegar em armas ou não é o ideal na guerra, mas é clara a visão de que os japoneses são os vilões. A trilha sonora pesa em vários momentos e dá um tom melodramático desnecessário em algumas cenas que se fossem diminuídas seria perfeito. Mas a película possui muitos méritos, a atuação de Garfield é excelente, ele consegue dar um tom de ingenuidade ao personagem que te coloca próximo às escolhas dele, você respeita e entende as motivações de Desmond apesar de tudo que ele passa.
Até a atuação cômica de Vince Vaughn como o Sargento Howell funciona, no segundo ato o filme se torna muito parecido com "Nascido Para Matar" e tudo ali engrandece a força que o filme traz momentos depois.
Na minha opinião este é o melhor filme de guerra desde "O Resgate do Soldado Ryan". Passa fácil por "Guerra ao Terror" e "Sniper Americano" que não me engajaram em nada. Filmaço que merece ser visto e apreciado como uma excelente obra, sem levar em conta a babaquice de seu diretor, mas sim seu talento absurdo.
Assista o trailer legendado abaixo:
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