Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais
sobre os 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad MaxAQUI
E sobre SpotlightAQUI
A Grande Aposta (The Big Short) filme do diretor norte
americano Adam Mckay, conhecido pelas comédias O Âncora e Quase Irmãos, gosto
muito da primeira. Desta vez ele se arrisca a fazer algo muito destoante de
todos os seus filmes.
O filme conta a história de uma descoberta sobre a possível
quebra do sistema financeiro americano, baseado nos títulos de hipotecas que se
em algum ponto acumulassem uma taxa poderiam ruir os bancos que faziam
empréstimos para estas hipotecas. Esta foi a minha tentativa de fazer um resumo
do filme e isto é algo que permeia o filme, a dificuldade das pessoas que
entendem pouco de economia em captarem todos os dados do filme.
(Foto: Divulgação) |
Este sistema de hipotecas criou uma bolha, esta bolha foi
descoberta pelo economista Michael Burry (Christian Bale), que apresenta uma
das mais brilhantes faces da Síndrome de Asperger. Após analisar os números
Burry vai à um banco e compra seguros para caso a bolha exploda ele ganhe com
isso, os bancários riem dele, pois na época ele estava apostando contra o
sistema econômico americano, daí o nome do filme.
Outras pessoas sabem dessa jogada
e tentam descobrir se essa aposta é fundada, Jarred Venett (Ryan Gosling), Mark
Baum (Steve Carell) e também a dupla Jamie
Shipley (Finn Wittrock) e Charlie Geller (John Maggaro) que se aliam a Bem Rickert (Brad
Pitt). Esses núcleos tentam descobrir se a bolha é real e como podem faturar
com ela caso ela estoure.
O filme poderia se manter apenas no papo econômico chato, mas o
diretor Adam Mckay faz pequenas inserções muito bem feitas, como Margot Robbie
em uma banheira explicando os termos ditos em tela, além de referências da
cultura pop para simular a passagem de tempo e a quebra da 4° parede de maneira
muito divertida. O grande problema é que no cinema não se pode dar pause e em
vários momentos eu me via perdido em meio a tantos termos de econômicos, mas
existe uma vertente que esse filme se sai muito bem: os dramas humanos em meio
a um rombo que pode mudar a vida de milhões de pessoas. Não é uma indicação à
toa ao diretor
Adam Mckay e Steve Carell (Foto:Divulgação) |
Steve Carell e Christian Bale, indicado ao Oscar, trazem as melhores
atuações do filme, o primeiro sofrendo um quadro de depressão e outro isolado
de tudo e todos. O filme é baseado em fatos reais, logo todos já sabem que o
sistema ruiu e que aquelas pessoas sofreram muito, o filme não faz julgamentos
pessoais aos que lucraram com a crise, mas sim com as grandes corporações, que
mesmo com muitos atos que prejudicariam a população saíram ilesas e ainda
receberam auxílio do governo. O roteiro, indicado ao Oscar tem a árdua missão
de tentar colocar essa história de maneira acessível, em muitos momentos não
consegue, mas aplica um bom drama. Spotlight por exemplo, traz um roteiro
complexo, mas que todos que assistem entendem o que está acontecendo em tela.
A última fala de Brad Pitt no filme, e a última dita por Carell é um
soco no estômago de todos.
Por fim é um filme difícil de se ver, com muitos termos técnicos, mas
os dramas pessoais são universais e podem ser entendidos por todos.
Assista o trailer abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário