Em aquecimento para o Oscar 2016
farei análises informais sobre alguns dos 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a
melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad Max
E sobre Spotlight
A Grande Aposta
O Regresso
O Quarto de Jack
O último filme que eu falarei antes das
apostas é O Quarto de Jack (Room), dirigido por Lenny Abrahamson- que fez o indie "Frank"- o filme conta
o drama do cárcere privado vivido por Ma (Brie Larson) e seu filho Jack (Jacob
Trembley) e suas descobertas da vida fora do quarto, como isso está no trailer
não é spoiler.
O filme se inicia no 5º
aniversário de Jack, e no sétimo ano em que Ma está presa pelo Velho Nick (Sean
Bridgers). O filme aí já se mostra pesadíssimo e lida com um tema difícil, que
volta e meia choca o mundo com casos parecidos.
(Foto: Divulgação) |
O filme é muito bom em
retratar o horror e a claustrofobia de se viver em um quarto para sempre, além
de uma imaginação de algo que está à espera lá fora. Vi comentários que
comparam essa ideia com “A Vida é Bela” (1997), na qual tenta-se separa a
criança do horror que a cerca.
A primeira parte do
filme, que foca apenas no quarto é terrível, fazia tempo que eu não chorava em
um filme, com um misto de revolta e choque por saber que casos assim acontecem
na vida real.
A sensação é agravada
quando as interações entre os dois e o sequestrados se intensifica, o instinto
maternal age de maneira brilhantemente retratado, a proteção que Ma exerce
sobre Jack é incrível. Isso se deve ao excelente trabalho de Brie Larson no
papel, sério esse Oscar já ta ganho e é dela como uma das maiores atuações dos
últimos anos.
Quem também é brilhante
na atuação é Jacob Trembley, sério, esse menino merecia uma indicação ao Oscar,
ele traz um drama que eu nunca havia visto uma criança trazer, além de ser um
fofo que tem um futuro gigante pela frente.
Lenny Abramson com Brie Larson e Jacob Trembley (Foto: Divulgação) |
O filme cai um pouco
quando sai do quarto, mas como eu estava exaurido com tanto sofrimento e
lágrimas eu agradeci, mas por pouco tempo, o filme subverte a ideia de
felicidade a todo tempo e a descoberta de uma vida nova é assustadora. Os
jornalistas são retratados com seres desprezíveis no filme.
As cores exalam tristeza,
o filme exala depressão, mas o final me deixou bem, apesar de me fazer chorar
pela estória em si o filme é excelente no que se propõe, com um tema tão forte
e importante quanto “Spotlight”, O Quarto de Jack é brilhante, emociona e joga
para debate a podridão do ser humano.
Vá assistir esse filme em
uma hora boa, porque se não ele vai estragar o resto do seu dia. Provavelmente
nunca mais verei esse filme, não quero me sentir preso dessa maneira em um bom
tempo, mas é um excelente filme, com excelentes questionamentos e
interpretações que justifica o seu lugar entre os indicados à Melhor Filme no
Oscar.
Assista o trailer abaixo:
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